segunda-feira, 4 de abril de 2011

Bibliotecas particulares têm instituições públicas como destino

Diferentemente do que ocorre normalmente com coleções de carros,de selos e até de obras de arte, cujas peças acabam passando pelas mãos de diversos colecionadores e raramente saem da esfera privada, as bibliotecas particulares, após anos de permanência com seus proprietários, muitas vezes são doadas para instituições que permitem a consulta pública de seus catálogos.

Foi o que ocorreu com os acervos particulares do bibliófilo José Mindlin (1914-2010), cuja biblioteca será inaugurada pela Universidade de São Paulo (USP) em 25 de janeiro de 2012, e do colecionador Delfim Netto, que entregou em fevereiro 250 mil exemplares à Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA), também da USP.

"O professor Delfim levantou questões sobre como seria a atualização desse acervo, o acesso ao público. Ele se preocupa com a preservação desta biblioteca e, como pesquisa e lê muito dentro dela, separamos um espaço para que ele continue utilizando-a aqui na FEA. É o mínimo que podemos dar em contra partida", explica Dulcineia Dilva Jacomini, diretora da biblioteca da FEA.

Assim como ocorreu com Delfim Netto, a preocupação com o destino de suas bibliotecas é comum entre colecionadores e bibliófilos. Se o ato de colecionar livros nasce de uma admiração pessoal por publicações e ganha corpo com o empenho da pessoa em adquirir obras, é quase certo que com o passar dos anos os livros de um acervo contemplem alguma instituição.


(do Último Segundo)

Nota: A Uerj - não é citado na matéria - adquiriu o acervo do jornalista e escritor Barbosa Lima Sobrinho, ex-presidente da ABI.

Enviado por Marcos Vasconcelos.

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