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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Dica de Leitura: Cem Anos de Solidão (Gabriel Garcia Márquez)

Romance escrito pelo autor colombiano Gabriel Garcia Márquez, Cem Anos de Solidão foi publicado pela primeira vez em Buenos Aires, Argentina, no ano de 1967 e foi principalmente esta obra o que deu a seu autor o Prêmio Nobel de Literatura em 1982. Pablo Neruda afirmou, certa vez que “Cem anos de solidão” é o melhor livro em espanhol já escrito desde Dom Quixote. Esta opinião foi confirmada em 2007, no IV Congresso Internacional da Lingua Espanhola, realizado em Cartagena, Colômbia. Cem anos de solidão teve tiragem inicial de 8 mil exemplares, mas já vendeu mais de 30 milhões de exemplares, traduzidos em 35 idiomas, em todo o mundo desde o seu lançamento.

Esta obra-prima é uma espécie de hors-concours em qualquer lista de melhores romances do planeta, de tal modo que, certas horas, parece que o mundo se divide entre seus adoradores e os de Ulysses, de James Joyce. “Cien Años”, ao contrário do congênere irlandês – que fala dos acontecimentos de apenas um dia – fala sim, de um século, século onde ocorre a fantástica saga da família Buendía e sua interminável sucessão de Arcádios e Aurelianos. Tudo no livro gira em torno de uma história que, não obstante seja fantásticamente realista, é mágica e traz a mágica insondável da ilusão. Da primeira página, que fala do encantamento do protagonista ao ver o gelo pela primeira vez, até a última página, onde a magia amalgamada por mitos como o cigano Melquíades e a própria cidade de Macondo finalmente se dissipa, como toda ilusão, tudo é uma seqüência mágica de personagens e acontecimentos que traga o leitor e o intruduz nos olhos e nos cenários do livro.

Este livro está disponível nas bibliotecas CEH/B, CEH/C, CEH/D, COM e CAP/A.

Enviado por Marcos Vasconcelos.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Dica de Leitura: Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século.

Para Júlio Cortazar, conto é aquele texto que corre em poucas linhas e em alta velocidade narrativa, capaz de nocautear o leitor com seu impacto dramático concentrado. Coube ao professor da UERJ Italo Moriconi o desafio de garimpar os cem melhores textos do gênero produzidos no Brasil ao longo do século 20. Um trabalho que deixou de lado os rígidos critérios acadêmicos e fosse pautado somente pela qualidade e sabor dessas pequenas obras-primas. O resultado é a coletânea Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século, um passeio pela melhor ficção curta produzida no Brasil entre 1900 e o fim dos anos 90. Uma antologia capaz de traduzir as mudanças do país e as inquietações de várias gerações de brasileiros, em cem anos de produção literária.

Este livro se encontra disponível na biblioteca CEH/B.

Enviado por Marcos Vasconcelos.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dica de Leitura: O Nome da Rosa (Umberto Eco)

Qual o romance mais importante da história que tem como cenário principal, uma biblioteca? Não é difícil lembrar de O Nome da Rosa (1980), do escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano Umberto Eco. Considerado um clássico literário desde o seu lançamento, realizado com muito alarde na época, o romance gira em torno das investigações de uma série de crimes misteriosos, cometidos dentro de uma abadia medieval. O frade franciscano William de Baskerville, assessorado pelo noviço Adson de Melk, encarregado das investigações, penetra fundo nos mistérios da abadia, apesar da resistência de alguns dos religiosos do local, até que desvenda que as causas do crime estavam ligadas a manutenção de uma biblioteca que mantém em segredo obras apócrifas, obras que não seriam aceitas em consenso pela igreja cristã da Idade Média. E acima da própria história, o que torna O Nome da Rosa absolutamente bem amarrado, impecável, perfeito é o extenso uso de metalinguagem pelo autor. Uma obra difícil de ignorar, principalmente quando se analisa a questão do poder sobre a informação e os direitos sobre o conhecimento, que em contraposição às labirínticas bibliotecas monásticas, existem hoje na completa ignorância sobre o que é a verdade, no meio de tanta informação disponível. Como se vê, o labirinto ainda existe.

O livro está disponível nas bibliotecas CEH/A, CEH/B, CEH/D e COM.

Enviado por Marcos Vasconcelos

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Dica de Leitura: O Cortiço (Aluísio Azevedo)

É senso comum que o realismo foi a mais brilhante da literatura brasileira, muito por conta da genialidade de Machado de Assis. Mas não foi só o bruxo do Cosme Velho produziu obras brilhantes nessa época. Um dos exemplos de um clássico desse período do final do séc XIX e início do séc XX - também referido como "naturalista", estilo que caminhou intrinsecamente junto ao realismo é O Cortiço (1890) de Aluísio Azevedo.

Neste romance que marca o naturalismo no Brasil, os personagens principais são os moradores de um cortiço no Rio de Janeiro, precursor das favelas, onde moram os excluídos, os humildes, todos aqueles que não se misturavam com a burguesia, e todos eles possuindo os seus problemas e vícios, decorrentes do meio em que vivem. O autor descreve a sociedade brasileira da época, formada pelos portugueses, os burgueses, os negros e os mulatos, pessoas querendo mais e mais dinheiro e poder, pensando em si só, ao mesmo tempo em que presenciam a miséria, ou mesmo a simplicidade de outros.

Aluísio Azevedo, embalado pela onda científica, escreve 'O Cortiço' sob a égide do determinismo (o meio, o lugar, e o momento influenciam o ser humano) e da teoria da evolução de Darwin. Sob aspectos naturalistas, isto é, sob olhar científico, a narração se desenvolve em meio a insalubridade do cortiço, propício à promiscuidade, característica do naturalismo. Ao contrário do que se desenvolvia no romantismo, Aluísio descreve o coletivo, explicitando a animalização do ser humano, movido pelo instinto e o desejo sexual, onde inaugura uma classe nunca antes representada: o proletário, evidenciando a desigualdade social vivenciada pelo Brasil, juntamente com a ambição do capitalismo selvagem.

Não obstante a crueza de sua linguagem e de sua temática, a história do português João Romão e da negra Bertoleza, entre outros personagens impressionantemente bem construídos, arrebata o leitor. A personificação do cenário e o uso extenso de metáforas zoomórficas são outras características que entranham na leitura, que mesmo sendo sobre uma história cruel e sórdida, é absolutamente saborosa.

Este livro está disponível nas bibliotecas Comunitária, CAP/A, CAP/B, CEH/B e CEH/C.

Enviado por Marcos Vasconcelos.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Dicas de leitura: Casa-Grande & Senzala (Gilberto Freyre)

Eleições são sempre um momento de grande oportunidade para se pensar sobre o país. Neste aspecto, o livro Casa-Grande & Senzala, de Gilberto Freyre, é um dos mais importantes da literatura brasileira. Segundo Benzaquen, "Quase oitenta anos após sua publicação, Casa Grande & Senzala continua sendo, ao mesmo tempo, um livro fácil e um livro dificílimo: fácil pelo estilo leve e coloquial de Freyre, que o coloca ao alcance de qualquer leitor médio em busca do prazer da leitura; difícil, dificílimo, pois a própria oralidade da linguagem, e a tendência freyreana de pensar em termos de "antagonismos em equilíbrio", tornam Casa Grande & Senzala uma obra repleta de ambiguidades que, a todo momento, traem e enganam um leitor acadêmico que tente "isolar" os pensamentos e opiniões de Freyre. Em Casa Grande & Senzala, muitas vezes a afirmação vem seguida da sua negação, e vice-versa, e assim sucessivamente, "fazendo com que a cada avaliação positiva possa se suceder uma crítica ... que acaba por dar um caráter antinômico à sua argumentação." Casa-Grande & Senzala é uma leitura essencial para começar a entender aquela que seja, talvez, a característica mais intrigante e interessante da sociedade brasileira: a eterna dicotomia entre sua índole miscigenadora frente ao seu ideal de pureza.

Este livro está disponível nas bibliotecas CEH/B, CEH/C, CEH/D, CCS/A, CTC/C e CAP/A.

Enviado por Marcos Vasconcelos

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Dicas de leitura: O Aleph (Jorge Luis Borges)

Em tempos de novo lançamento do imortal escritor Paulo Coelho, a dica é a leitura do livro do genial escritor argentino Jorge Luis Borges, de onde o mago tira o nome de seu lançamento homônimo. O Aleph (no original, El Aleph) é um livro de histórias curtas publicado em 1949 e contendo, entre outros, o conto que dá nome ao livro. Representativo do estilo de Jorge Luis Borges e da escola literária latino-americana do realismo mágico, O Aleph é indicado como uma das manifestações mais originais.

Os contos do livro Aleph são: O imortal; O morto; Os teólogos; História do guerreiro e da cativa; Biografia de Tadeo Isidoro Cruz (1829-1874); Emma Zunz; A casa de Astérion; A outra morte; Deutsches Requiem; A busca de Averróis; O Zahir (que dá nome a outro livro de Paulo Coelho); A escrita de Deus; Abenjacan, o Bokari, morto no seu labirinto; Os dois reis e os dois labirintos; A espera; O homem no umbral; e, finalmente, O Aleph. Quanto ao conto, Aleph, especificamente o protagonista, se depara com a possibilidade de conhecer o ponto do espaço que abarca toda a realidade do universo num local bastante inusitado: no porão de um casarão situado em Buenos Aires, prestes a ser demolido. Este ponto recebe a alcunha de Aleph - a letra inicial do alfabeto hebraico, correspondente ao alfa grego e ao a dos alfabetos romanos. A idéia de unidade na multiplicidade é tema borgiano por excelência e, no conto em apreço, sua exposição literária é primorosa. (da Wikipedia).

Este livro se encontra disponível nas bibliotecas CEH/B e CAP/A.

Enviado por Marcos Vasconcelos

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Dicas de leitura: Dom Quixote (Cervantes)

Em homenagem à conquista da Copa do Mundo pela Fúria - a seleção espanhola - a dica de hoje é o livro que é considerado por muitos o expoente máximo da literatura espanhola: Dom Quixote, de Miguel de Cervantes. Com o título original de El ingenioso hidalgo Don Qvixote de La Mancha, o livro teve sua primeira edição publicada em Madrid no ano de 1605. É composto por 126 capítulos, divididos em duas partes: a primeira surgida em 1605 e a outra em 1615.

O livro surgiu em um período de grande inovação e diversidade por parte dos escritores ficcionistas espanhóis. Parodiou os romances de cavalaria que gozaram de imensa popularidade no período e, na altura, já se encontravam em declínio. Nesta obra, a paródia apresenta uma forma invulgar. O protagonista, já de certa idade, entrega-se à leitura desses romances, perde o juízo, acredita que tenham sido historicamente verdadeiros e decide tornar-se um cavaleiro andante. Por isso, parte pelo mundo e vive o seu próprio romance de cavalaria. Enquanto narra os feitos do Cavaleiro da Triste Figura, Cervantes satiriza os preceitos que regiam as histórias fantasiosas daqueles heróis de fancaria. A história é apresentada sob a forma de novela realista. (da Wikipédia)

Este livro está disponível nas bibliotecas CEH/B, CEH/C, CEH/D e versões infanto-juvenis nas bibliotecas do CAp.

Enviado por Marcos Vasconcelos


quarta-feira, 16 de junho de 2010

Dicas de leitura: Ulisses (James Joyce)

Hoje, no dia 16 de junho, na Irlanda, é comemorado o Bloomsday, único feriado em todo o mundo dedicado a um livro, excetuando-se a Bíblia. O livro em questão é Ulisses, obra prima de James Joyce. Escrito entre os anos de 1914 e 1921, o livro, marco da literatura moderna, narra com assombrosa precisão, os eventos de um único dia, 16 de junho de 1904. O cenário é a cidade de Dublin, na Irlanda, e os protagonistas são o propagandista Leopold Bloom, sua esposa Molly e o jovem poeta Stephen Dedalus. Ulisses é considerado um dos mais geniais romances já escritos e revolucionou a literatura por criar estruturas narrativas até então desconhecidas, como por exemplo, o fluxo de consciência.

Este livro está disponível nas bibliotecas CEH/B e CEH/C.

Enviado por Marcos Vasconcelos

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Dica de leitura: A Hora da Estrela (Clarice Lispector)

“Macabéa, personagem central de A Hora da Estrela de Clarice Lispector, é uma retirante nordestina que vai tentar vida nova na cidade grande (Rio de Janeiro). Filha do sertão, nasceu e permaneceu raquítica. Anônima, desajeitada, desgarrada do mundo, tudo nela inspira descompasso e compaixão. Seus dias dividem-se entre o trabalho como datilógrafa e o pretendente, também nordestino, Olímpico de Jesus. As madrugadas, para ela, são embaladas pelos sons regulares da Rádio Relógio: hora certa, anúncios, pouca ou nenhuma música. (...) É por intermédio dessa escuta, entretanto, que Macabéa vai lentamente construindo um certo reconhecimento sobre si e sobre o mundo.” (AQUINO, 2000, p. 205)

A Hora da Estrela é o penúltimo romance e último livro publicado em vida pela escritora brasileira Clarice Lispector. O romance conta a história da datilógrafa alagoana Macabéa, que migra para o Rio de Janeiro, tendo sua rotina narrada por um escritor fictício chamado Rodrigo S.M. O livro possui duas temáticas: é uma obra sobre a vida de uma retirante na cidade grande, mas também uma reflexão sobre o papel do escritor na sociedade moderna. É talvez o seu romance mais famoso, sendo adaptado para o cinema por Suzana Amaral em 1985. (da Wikipédia)

Este livro está disponível na biblioteca CEH/B.

Enviado por Marcos Vasconcelos

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Dica de leitura: As Cidades Invisíveis (Ítalo Calvino)

O viajante veneziano Marco Polo descreve para o imperador Kublai Khan as cidades que visitara. O desejo de Khan é montar o império perfeito a partir dos relatos que ouve. São lugares imaginários, sempre com nomes de mulheres: Pentesileia, Cecília, Leônia. Os relatos curtos são agrupados por blocos: as cidades e a memória, as cidades delgadas, as cidades e as trocas, as cidades e os mortos, as cidades e o céu. A magia de As Cidades Invisíveis (1972), curto romance de Ítalo Calvino é a de ser um livro impossível, uma história sustentada em fatos tão sutis quanto uma lufada de brisa. E é desta sutileza que nasce uma obra que pode ser chamada, sem vergonha ou pejo, de linda. Marco Polo, o explorador e protagonista e o imperador Kublai Khan, seu antagonista na obra, travam um diálogo sublime sobre as cidades que supostamente Polo visitara em suas viagens, cidades femininas, idílicas cidades com nomes de mulher que, por suas qualidades, defeitos ou peculiares características geométricas, transcendem a humanidade de seus moradores e se tornam personagens vivas e pulsantes.

Este livro está disponível nas bibliotecas CB/C e COM.

Enviado por Marcos Vasconcelos

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Dica de Leitura: O Evangelho Segundo Jesus Cristo (José Saramago)

O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991) um dos romances mais conhecidos e vendidos de José Saramago, conta a história da vida de Jesus de uma maneira moderna e antirreligiosa. O seu conteúdo humaniza a vida de Jesus e alude a uma sua eventual relação com Maria Madalena. Esta perspectiva, de humanização de Cristo, distante da representação tradicional do Evangelho e evidenciando o seu caráter frágil e vulnerável, levou a que o livro fosse considerado blasfemo por muitos, entre eles o então Subsecretário de Estado adjunto da Cultura de Portugal, Sousa Lara, que o vetou de uma lista de romances portugueses candidatos a um prémio literário europeu. Em reação a este ato, o qual considerou uma censura, Saramago abandonou Portugal, passando a residir, onde permanece até hoje, na ilha de Lanzarote, Ilhas Canárias. (da Wikipédia)

Este livro está disponível na biblioteca CEH/B.

Enviado por Marcos Vasconcelos