sexta-feira, 27 de abril de 2012

IPRJ/UERJ Contemplado com 5 bolsas do Google para Trabalho em Software Livre


Cinco alunos ligados ao Instituto Politécnico da UERJ (IPRJ) acabam de ser selecionados pelo programa Google Summer of Code para trabalhar no desenvolvimento de melhorias para o software livre Scilab. Trata-se de uma conquista inédita da UERJ e da computação brasileira. "Nossos alunos realmente mereceram, mas ninguém esperava tantos aprovados de uma só vez. Conseguimos captar quase 50% das vagas destinadas ao Scilab, um resultado dacompetência e dedicação dos nossos alunos. Acredito ser uma vitória única e muito importante para o Brasil, que possui grande demanda de mão de obra qualificada em programação" - Diz prof. Ricardo Fabbri, Ph.D., professor adjunto do IPRJ, ex-funcionário do Google e um dos mentores oficiais para os alunos do Scilab no Google Summer of Code. Dentre os alunos selecionados estão Gustavo Libotte, Marcos Cardinot, e os irmãos Pedro Arthur e Caio Lucas dos Santos Souza, todos do 5o. periodo do curso de Engenharia de Computação do IPRJ, campus regional da UERJ em Nova Friburgo. Cada aluno receberá a quantia de 5000,00 dólares durante 3 meses e realizará o desenvolvimento de software no laboratório de visualização do IPRJ, sem precisar deixar o país. O IPRJ também foi especialmente contemplado com o financiamento de um quinto aluno do Google Summer of Code, o indiano Pallan Madhavan, estudante de matemática aplicada. O indiano desenvolverá melhorias voltadas ao pacote SIP de processamento de imagens do Scilab, de autoria do prof. Fabbri.

O Google Summer of Code é um programa em que todo ano o Google elege diversos projetos de software livre e codigo aberto a serem contemplados com o financiamento de alunos de todo o mundo. Em 2012, 180 entidades foram contempladas de um total de 406 propostas, e 1210 estudantes foram selecionados em todo o mundo, de um total de 6685 pedidos. A ideia da iniciativa é gerar recursos humanos altamente qualificados e desenvolver códigos reutilizaveis que a Google julga serem chave para o progresso da ciência e tecnologia. "Trata-se de um verdadeiro presente do Google à comunidade", comenta o professor.

O Scilab é um software livre para a programação de soluções científicas e de engenharia, amplamente utilizado na UERJ e em outras universidades e empresas como alternativa de qualidade ao caríssimo Matlab. O modelo de software livre tem apresentado bastante sucesso, comprovado por grandes nomes como o navegador Mozilla Firefox, o  LibreOffice (substituição oficial do Rio de Janeiro ao Microsoft Word), o sistema operacional Linux e o próprio Scilab. O acesso ao código apresenta vantagens importantes ao meio científico e de alta tecnologia em relação ao modelo fechado do Matlab, pois qualquer um pode explorar o código e mesmo ser pago para realizar mudanças, como está ocorrendo no Google Summer of Code. Segundo o prof. Fabbri, o grupo brasileiro de programadores conhecido como LabMacambira.sf.net teve um papel chave nessas conquistas. "O ambiente colaborativo do Lab Macambira foi que originou todo esse nosso esforço, tanto que outros alunos e mentores brasileiros desse coletivo também foram aceitos no Google Summer of Code em entidades como o Mozilla Firefox e E-Cidadania -- uma sequência de conquistas que traz muita visibilidade e tecnologia ao Brasil", diz o professor do IPRJ. Os alunos, motivados pelo êxito alcançado, pretendem iniciar um grupo de programadores do IPRJ nos moldes do LabMacambira.sf.net. Com isso, pretendem complementar o curso com atividades práticas extra-curriculares além do Google Summer of Code.

Para saber mais sobre o Google Summer of Code, confira o site oficial
http://code.google.com/soc/

Confira tambem a lista completa dos estudantes aprovados e estatisticas:
http://www.google-melange.com/gsoc/projects/list/google/gsoc2012

Scilab:
http://www.scilab.org

SIP
http://siptoolbox.sf.net

Linuerj - grupo de Linux da UERJ
http://www.linuerj.uerj.br/doku.php

Lab Macambira
http://labmacambira.sf.net

Ricardo Fabbri
http://www.lems.brown.edu/~rfabbri

Enviado por Sandra Mueller.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Governo aplica R$ 373 mi em Plano Nacional do Livro e da Leitura


Menos de um mês após a divulgação do dado que revelou que três quartos dos brasileiros nunca haviam visitado uma biblioteca na vida, o Ministério da Cultura anunciou, nesta segunda-feira (23), investimentos de R$ 373 milhões para o Plano Nacional do Livro e da Leitura. Os recursos serão distribuídos entre bibliotecas, feiras e festivais de livro. As ações do plano serão coordenadas pela Fundação Biblioteca Nacional.
Do montante total, mais da metade (R$ 206 milhões) sairá do orçamento do Ministério da Cultura. O anúncio do investimento acontece menos de um mês após divulgação de uma pesquisa sobre o comportamento de leitura dos brasileiros, feita pelo Ibope.

Segundo a pesquisa, a média de leitura do brasileiro é de 4 livros por ano, considerando-se os livros lidos parcialmente. A pesquisa apontou também que 75% dos brasileiros nunca frequentou uma biblioteca na vida. A 3ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil foi feita pelo Ibope Inteligência com 5 mil entrevistados em 315 municípios, nos meses de junho e julho de 2011.

"A leitura não é um ato reflexo, é um resultado de uma sofisticada operação aprendida ao longo de anos (...) e por isso mesmo tem de ser cultivada além dos muros da escola", disse a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. "Um brasileiro que lê cresce mais, e o Brasil cresce junto", concluiu a ministra.

Leia mais:

(do portal Terra)

Enviado por Marcos Vasconcelos.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Inscrições Abertas para o II Seminário Avaliação da Biblioteca Universitária Brasileira


Estão abertas as inscrições para o II Seminário Avaliação da Biblioteca Universitária Brasileira, evento que está sendo organizado pelo Sistema de Bibliotecas da Universidade Fedral de Goiás (Sibi/UFG), com o apoio da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia da UFG (Facomb), da Comissão Brasileira de Bibliotecas Universitárias (CBBU) e do Instituto de Ciência da Informação da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

O evento, que é voltado para profissionais da área de Ciência da Informação, acontecerá de 20 a 22 de junho do corrente, no auditório da Biblioteca Central da UFG, em Goiânia-GO. O valor da inscrição é R$ 100,00 e as vagas são limitadas a 220 (capacidade do auditório).

As inscrições podem ser feitas diretamente no site do evento até o dia 19 de junho. Siga as orientações que estão no link "Inscrições on-line", no menu à esquerda. Não esqueça de selecionar o grupo de trabalho (GT) do qual deseja participar.

Objetivo - A primeira edição deste evento foi realizada na Universidade Federal da Bahia (UFBA), sob a coordenação da Profa. Nídia Lubisco. Ela, que é autora da obra "Biblioteca universitária brasileira: instrumentos para seu planejamento e gestão, visando a avaliação de seu desempenho" (disponível em
https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ufba/588/3/Biblioteca%20universitaria%20brasileira.pdf), é uma das palestrantes da segunda edição do evento.

Este evento é resultado da necessidade de discutir, aperfeiçoar e validar, em fórum nacional específico, o modelo de avaliação desenvolvido no âmbito de uma pesquisa acadêmica, na perspectiva de vir a cobrir uma lacuna identificada no País desde 1970. O propósito da segunda edição do evento é transformar a capital goiana em um ponto de convergência de profissionais envolvidos com a temática e, desta forma, avançar nas discussões.

E-mail do evento:
avaliabiblio@yahoo.com.br

--

Atenciosamente,

Rose Mendes
Setor de Comunicação do Sistema de Bibliotecas da UFG
Fone: (62) 3521-1230
Fax: (62) 3521-1396
Site: http://www.bc.ufg.br
Facebook: Comunicação Bibliotecas da UFG

Universidade Federal de Goiás
Biblioteca Central
Campus Samambaia s/nº
Caixa Postal 411
74001-970 Goiânia-GO

Enviado por Hilda Lima.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Dia Nacional do Livro Infantil - 18 de abril

No dia 18 de abril, comemora-se o Dia Nacional do Livro Infantil em homenagem ao dia do nascimento do escritor brasileiro José Bento Monteiro Lobato, criador da Literatura Infantil brasileira. Escreveu belas e inesquecíveis histórias como o Sítio do Pica-pau Amarelo com os maravilhosos personagens de: Dona Benta, Emília e Visconde de Sabugosa, Monteiro Lobato foi um nacionalista, defendia e valorizava a cultura nacional brasileira. Viva o dia do livro infantil! e Viva Monteiro Lobato!

"Tudo tem origem nos sonhos. Primeiro sonhamos, depois fazemos."

Um país se faz com homens e livros"  (Monteiro Lobato)




Enviado por Ester Aparecida. (biblioteca CTC/F)

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Eventos literários ganham espaço na agenda cultural do brasileiro


Com o objetivo de estimular o hábito da leitura e formar novos leitores, os eventos literários têm se difundido no país. Embora não haja números precisos sobre esse crescimento, especialistas ouvidos pela Agência Brasil garantem que esse tipo de evento tem ganhado espaço não apenas nos grandes centros. As feiras e bienais ajudam a satisfazer o desejo de quem sonha estar próximo a seu autor preferido, conhecer novos escritores ou quer discutir literatura e divulgar seus próprios textos.

Em 2011, quando lançou o Circuito Nacional de Feiras de Livros e assumiu o compromisso de organizar o calendário anual de eventos, a Fundação Biblioteca Nacional identificou 100 iniciativas. A estimativa é que, juntas, elas tenham recebido mais de 10 milhões de visitantes. O cálculo, no entanto, não inclui os eventos pontuais de menor porte, como as visitas de escritores a escolas, cursos e bate-papos promovidos por bibliotecas, feiras escolares e saraus. Iniciativas que, em algumas capitais, como São Paulo, ocorrem às dezenas, diariamente.

A meta da fundação é chegar a 150 eventos cadastrados até 2014. Embora a Biblioteca Nacional ainda não tenha concluído o calendário deste ano, os especialistas parecem não ter dúvidas de que o número de iniciativas aumentou. Só este mês, estão marcadas duas novas bienais (Brasília e Manaus).

“Há muita coisa acontecendo e a expectativa em relação às primeiras bienais de Brasília e do Amazonas é muito grande", disse à Agência Brasil a presidenta do Sindicato Nacional dos Editores de Livro (Snel), Sônia Machado Jardim.

Leia mais:

(da Agência Brasil)

Enviado por Marcos Vasconcelos.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Muito além do espaço para pesquisa e leitura

A companhia responsável pela tradicional Enciclopédia Britânica anunciou, há pouco mais de um mês, o fim de sua publicação impressa. A notícia vai de encontro a uma realidade do mundo contemporâneo: está diminuindo a quantidade de visitas a bibliotecas. Afinal, hoje, livros e pesquisas podem ser facilmente lidos pela internet. Por causa disso, espaços públicos de leitura buscam novas formas de atrair frequentadores. E, na Zona Sul, há uma iniciativa que vêm gerando bons resultados.

Instalada desde 1956 num prédio neoclássico de 1929, a Biblioteca Popular Municipal Machado de Assis, em Botafogo, tem atrativos que vão muito além de seus livros, de sua arquitetura e das palmeiras que enfeitam sua fachada. Administrado pela Secretaria de Cultura, o espaço oferece cursos de idiomas, espetáculos num teatro anexo com capacidade para até 60 pessoas e uma sala de obras infantis.
De acordo com a gerente de Livro e Leitura da secretaria, Gisele Mota Lopes, a sala de livros para crianças em fase de alfabetização foi criada a pedido de mães que frequentam a biblioteca.

- Nosso objetivo é transformar cada biblioteca num espaço que proporcione cultura em suas mais diferentes formas - explica Gisele.

Em relação à procura pelos livros, ela garante que existe um público fiel, que sugere novas aquisições para o acervo. Enquanto visitava a biblioteca de Botafogo, O GLOBO-Zona Sul encontrou três moradores do bairro que se cadastravam para pegar livros emprestados.

A Secretaria de Cultura do município também administra, em Santa Teresa, a Biblioteca José de Alencar, que está instalada no anexo do Centro Cultural Municipal Laurinda Santos Lobo. Ali são organizados bazares com artesãos para atrair um público cada vez mais cativo.

O acervo da Biblioteca Escolar Municipal Vinicius de Moraes, no Leblon, é de 17 mil livros. Constam títulos recentes, como o "As esganadas", de Jô Soares, e clássicos como "Ensaio sobre a cegueira", de José Saramago, e "Capitães de areia", de Jorge Amado. O que falta por lá são leitores.

- Estamos escondidos pelas árvores. As pessoas chegam aqui e ficam admiradas com o acervo, mas hesitam em entrar por acharem que o local se encontra fechado - lamenta a subgerente da unidade, Simone da Cruz.

Administrado pela Secretaria Municipal de Educação, o espaço carece de informatização. O cadastro para empréstimos de livros está organizado em caixas de madeira, com fichas de papel. A secretaria assumiu a biblioteca em março de 2011, e, segundo Simone, ainda estuda maneiras de atrair visitantes. A frequência está baixa, mas a subgerente do espaço tem um motivo de comemoração: há pilhas de livros doados por frequentadores e editoras.

- Precisamos de atividades que vão além da leitura, mas fico satisfeita por sempre ter os exemplares procurados pelos visitantes - conta Simone.

(da Agência Globo via Yahoo Notícias)

Enviado por Marcos Vasconcelos.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Ministério da Cultura lança pontos de leitura com temática africana


O Ministério da Cultura (MinC), em parceria com a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR), lança nesta quinta-feira, dia 12, no Rio de Janeiro, o Programa Pontos de Leitura da Ancestralidade Africana no Brasil. A cerimônia será realizada no auditório Machado de Assis, da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), às 19h.

O novo programa é uma ação transversal dentro do MinC e conta com apoio da FBN – Programa Livro, Leitura e Literatura e do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP) – e da Secretaria de Cidadania Cultural.  Participarão da cerimônia o presidente da FBN, Galeno Amorim, a secretária de Cidadania Cultural do MinC, Márcia Rollemberg, a secretária de Políticas para as Comunidades Tradicionais da Seppir, Silvany Euclênio, e a diretora do Livro, Leitura e Literatura da FBN, Maria Antonieta Cunha.

Serão lançados dez Pontos de Leitura Afros em todo o país, dois em cada uma das cinco regiões brasileiras. O programa conta com um acervo suplementar composto por mais de 600 livros relacionados à cultura de matriz africana, além do Kit tradicional dos Pontos de Cultura, que contém 650 livros, mobiliário para sala de leitura, um computador e impressora.

Os dez primeiros Pontos de Leitura Afros serão instalados na Comunidade Egbe Ilê Ya Omi Dayol Ase Obalayo, em São Gonçalo (RJ); no Centro Memorial de Matriz Africana 13 de Agosto, em Porto Alegre (RS); na Comunidade Quilombola Mesquita, em Luziania (GO); Quilombo do Curiaú AP); Associação Santuário Sagrado de Pai João de Aruanda, em Teresina (PI); Comunidade Ilê Asé Omi Dewá, em João Pessoa (PB); Comunidade Aceyoni, em Belém (PA); Quilombo do Macucu, em Minas Novas (MG); Comunidade Quilombola Serra do Apom, em Castro (PR); e na Comunidade Ilê Ede Dudu – Centro Cultural Orunmila, em Ribeirão Preto (SP).

A Secretaria de Cidadania  Cultural do MinC vai apoiar o programa com R$ 300 mil, que serão aplicados no trabalho de produção e registro da memória destas comunidades. A pesquisa será realizada pela equipe do SNBP, da Fundação Biblioteca Nacional, que visitará todas as localidades para obter informações. O resultado do trabalho será incorporado ao acervo dos Pontos de Leitura. A SEPPIR/PR vai financiar a compra do acervo temático, no valor de R$ 200 mil.

(do Ministério da Cultura).

Enviado por Marcos Vasconcelos.

terça-feira, 3 de abril de 2012

SciELO Brasil lança portal de livros eletrônicos

Foi lançado em 30 de março, durante evento na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em São Paulo, o portal SciELO Livros.

Integrante do programa Scientific Eletronic Library Online SciELO Brasil – resultado de um projeto financiado pela FAPESP em parceria com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme) –, o portal visa à publicação on-line de coleções de livros de caráter científico editados, prioritariamente, por instituições acadêmicas.

A iniciativa pretende aumentar a visibilidade, o acesso, o uso e o impacto de pesquisas, ensaios e estudos realizados, principalmente, na área de humanas, cuja maior parte da produção acadêmica é publicada na forma de livros.

Leia mais:

(Por Elton Alisson, da Agência Fapesp.)

Enviado por Regina Tinoco.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Mudança nos números de identificação dos usuários da Rede Sirius


Prezados usuários,

Seu número de identificação junto às bibliotecas mudou. Caso já esteja utilizando o cartão universitário, suas novas ID e senha no Catálogo On-Line da Rede Sirius passa a ser o número abaixo do código de barras, localizado no verso de seu cartão.

Para os que ainda utilizam a carteirinha da biblioteca, a sua ID continua sendo o número de sua matrícula.

Sugerimos que logo no primeiro acesso, a senha seja modificada para uma de sua escolha.

Enviado por Marcos Vasconcelos via Biblioteca CCS/B.

Bibliotecas, uma obrigação.


Talvez pouquíssimas pessoas saibam, mas em 2010 o ex-presidente Lula sancionou uma lei que obriga todas as instituições de ensino públicas e privadas do Brasil, a disporem de uma biblioteca. Trata-se da Lei nº 12.244, de 24 de maio de 2010. É estranho que, em pleno século XXI, nosso sistema educacional ainda precise de uma lei para obrigar os responsáveis pela educação pública e privada do país a montarem uma básica biblioteca, partindo do mínimo de "um título para cada aluno matriculado". É claro que a biblioteca não deverá ser composta apenas por livros, como manda a lei, mas o livro é o grande ausente das escolas brasileiras de nível básico e superior. É lastimável saber que existem escolas e faculdades públicas e privadas sem biblioteca, ou mesmo universidades com depósitos de livros mal conservados. Ou pior, com sua ausência.

Vem de longe a negação de livros ao povo. Veja-se a administração colonial portuguesa que proibia livros, imprensa, negando-se a implantar escolas e universidades no Brasil, em declarações explicitas de que concorreriam para a rebelião; as elites imperiais que se contentaram com raras faculdades para seus quadros dirigentes, chegando à República que não considerou a educação e menos ainda o livro como res publica a ser cultivada e disseminada. Nossa tradição religiosa dominante, por sua vez, calcada no ritualismo e no monopólio sacerdotal do livro sagrado, também contribuiu para o reforço do analfabetismo e o desprezo com as bibliotecas.

Leia mais:

(do Jornal O Diário do Nordeste)

Enviado por Marcos Vasconcelos.