segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Dica de Leitura: O Nome da Rosa (Umberto Eco)

Qual o romance mais importante da história que tem como cenário principal, uma biblioteca? Não é difícil lembrar de O Nome da Rosa (1980), do escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano Umberto Eco. Considerado um clássico literário desde o seu lançamento, realizado com muito alarde na época, o romance gira em torno das investigações de uma série de crimes misteriosos, cometidos dentro de uma abadia medieval. O frade franciscano William de Baskerville, assessorado pelo noviço Adson de Melk, encarregado das investigações, penetra fundo nos mistérios da abadia, apesar da resistência de alguns dos religiosos do local, até que desvenda que as causas do crime estavam ligadas a manutenção de uma biblioteca que mantém em segredo obras apócrifas, obras que não seriam aceitas em consenso pela igreja cristã da Idade Média. E acima da própria história, o que torna O Nome da Rosa absolutamente bem amarrado, impecável, perfeito é o extenso uso de metalinguagem pelo autor. Uma obra difícil de ignorar, principalmente quando se analisa a questão do poder sobre a informação e os direitos sobre o conhecimento, que em contraposição às labirínticas bibliotecas monásticas, existem hoje na completa ignorância sobre o que é a verdade, no meio de tanta informação disponível. Como se vê, o labirinto ainda existe.

O livro está disponível nas bibliotecas CEH/A, CEH/B, CEH/D e COM.

Enviado por Marcos Vasconcelos

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