Ana de Hollanda participou de evento na comunidade. Biblioteca tem espaço reservado para autorias da própria comunidade.
A terceira Biblioteca Parque do Rio foi inaugurada nesta segunda-feira
(4) na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio. O espaço, que é um centro
de convivência e área de lazer, ocupa um prédio de cinco andares no
interior da comunidade. Durante a solenidade, a ministra da Cultura Ana
de Hollanda destacou que a diversidade cultural do Rio é muito grande e é
preciso levar isso em consideração.
“Nós que trabalhamos com a cultura temos que pensar que quem faz a cultura é o povo. Nosso papel é dar ferramentas para eles desenvolverem isso”, afirmou a ministra, que percorreu as instalações da biblioteca ao lado do governador Sérgio Cabral, do vice-governador, Luiz Pezão, da secretária Estadual de Cultura, Adriana Rattes, e do presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop), Ícaro Moreno.
“Nós que trabalhamos com a cultura temos que pensar que quem faz a cultura é o povo. Nosso papel é dar ferramentas para eles desenvolverem isso”, afirmou a ministra, que percorreu as instalações da biblioteca ao lado do governador Sérgio Cabral, do vice-governador, Luiz Pezão, da secretária Estadual de Cultura, Adriana Rattes, e do presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop), Ícaro Moreno.
Construído como parte do PAC, a C4-Biblioteca Parque da Rocinha tem nos seus 1.600 metros quadrados DVDTeca, cineatro, sala multiuso para cursos, estúdios de gravação e edição audiovisual, setor de leitura e internet comunitária, cozinha-escola e café literário.
Autores da favelaA expectativa é que a biblioteca receba 215 mil pessoas por ano, entre moradores da região e de bairros vizinhos. Com acervo com capacidade para 15 mil livros, a Biblioteca Parque da Rocinha reserva um espaço dedicado aos autores da comunidade.
“Fiz o livro em homenagem a minha mãe e às mulheres da Rocinha. Minha mãe nasceu, cresceu e morreu analfabeta e eu me formei em História na PUC. É uma emoção ímpar participar disso aqui hoje”, afirmou Fernando Ermiro da Silva, 41 anos, autor de um livro de contos, que trabalha como produtor cultural da biblioteca. O espaço também possui livros em braile para deficientes visuais e um espaço totalmente dedicado às crianças, com livros infantis e atividades que estimulam a leitura.
Durante a solenidade de inauguração, houve apresentação de um grupo de samba, dançarinos de funk e de poesia. De acordo com Cabral, o projeto só foi possível porque a comunidade não é mais dominada por traficantes de drogas.
“Só foi possível porque resolvemos não aceitar mais o controle paralelo dentro das comunidades. É uma mudança de hábito e de cultura que passa por mudar a polícia e a política de segurança pública”, afirmou o governador. “Facção agora é a do bem. Temos que trazer o povo de Manguinhos e do Alemão aqui”, disse Cabral.
De acordo com a secretária Adriana Rattes, a C-4 Biblioteca Parque da Rocinha integrará uma rede de bibliotecas parque iniciada com a abertura da Biblioteca Parque de Manguinhos, em 2010. "O conceito de biblioteca vem evoluindo muito, de um lugar apenas de guardar livros, de consulta de pesquisas e estudos para um centro de cultura, conhecimento e cidadania", afirmou a secretária, destacando que até janeiro deve ser inaugurada uma biblioteca no mesmo formato no conjunto de favelas do Alemão.
(Fonte: O Globo)
Enviado por Paula Vieira.
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