A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) abre, na próxima terça-feira (27), o Ano Comemorativo Celso Furtado. A cerimônia, sem presença de público, será realizada às 13h30 com o descerramento de painel fotográfico, no hall do Pavilhão João Lyra Filho, campus Maracanã, com transmissão ao vivo pelo canal da TV Uerj no YouTube. O evento contará com a participação do reitor, Ricardo Lodi Ribeiro; da pró-reitora de Extensão e Cultura, Cláudia Gonçalves; e da jornalista Rosa Freire D`Aguiar, viúva de Celso Furtado, que falará diretamente da França.
Celso Furtado foi escritor, jornalista, economista. Um homem preocupado com as questões do Nordeste brasileiro, mas de pensamento progressista e cosmopolita. Na década de 1950, presidiu o grupo que elaborou um estudo sobre a economia brasileira, base do Plano de Metas do governo Juscelino Kubistchek, sendo seu Ministro para o Desenvolvimento do Nordeste. Internacionalmente, integrou a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e foi docente das mais importantes universidades europeias, influenciando estudiosos do mundo inteiro com sua visão sobre o desenvolvimento econômico. Economista brasileiro mais reconhecido no mundo, foi indicado ao Prêmio Nobel de Economia em 2004. O paraibano, que completaria 100 anos em 26 de julho de 2020, teve mais de 30 livros publicados, traduzidos para 12 idiomas.
Desde 2008, a Uerj escolhe uma personalidade ou um fato importantes para o Brasil e para a humanidade para celebrar seu Ano Institucional. O primeiro foi Machado de Assis, em seu centenário. Celebramos a ciência no bicentenário de Darwin, em 2009 e, em 2014, homenageamos Leon Foucault, com um paniel e com uma reprodução de seu famoso pêndulo, que se encontra bem ao centro de nosso prédio do Maracanã.A literatura e as artes foram contempladas em vários anos. Nelson Rodrigues foi lembrado em seus 100 anos; nossa uerjiana Dirce Côrtes Riedel encheu nosso 2015 de orgulho de sua trajetória na educação e na formação de professores. Em 2011, o homenageado foi o ator Paulo Gracindo, reconhecido por suas atuações inesquecíveis na televisão, cinema e teatro. Em 2015, Tomie Ohtake foi celebrada ainda em vida, como a artista abstrata japonesa mais brasileira de todas.
A música, tão próxima de nossos campi, mas ainda do Maracanã, cercado por Mangueira e Vila Isabel, foi comemorada em grande estilo, com um 2010 dedicado a Noel Rosa e um 2016 todo dedicado ao Samba, no centenário do ritmo que é a essência da música brasileira.
2018 foi um ano marcante, em que foram celebrados os 70 anos da Declaração dos Direitos Humanos e os cem anos de um dos seus símbolos maiores: Nelson Mandela. Com essa data lembramos a importância de a Universidade discutir o tema e se engajar na luta pela igualdade de direitos em todos os níveis da sociedade.E no ano passado uma uerjiana icônica foi lembrada também em seu centenário: Carmem Portinho. Ela foi diretora da nossa Escola Superior de Desenho Industrial, sendo a primeira engenheira a frente de uma enorme equipe de trabalhadores para a construção do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Carmem foi pioneira em várias ações voltadas para a preservação do planeta e a habitação para os mais pobres, não se negando a lutar para fincar as raízes do movimento feminista no país.
Agora a Uerj celebra Celso Furtado, com a missão de resgatar o pensamento do economista, para quem a luta pelo desenvolvimento era uma missão. O legado de Celso Furtado nos lembra que a economia é parte do nosso dia a dia, e que além disso, é um instrumento fundamental na garantia dos direitos humanos.
Enviado por Marcos Vasconcelos.
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terça-feira, 27 de outubro de 2020
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