Já está em funcionamento na Biblioteca Nacional o novo portal Brasiliana Fotográfica. Já compõem o banco de imagens 2.393 fotografias do século XIX e das três primeiras décadas do século XX que pertencem aos acervos das duas instituições.
O presidente da Biblioteca Nacional, Renato Lessa, destacou a importância da iniciativa para a preservação e democratização dos acervos fotográficos, permitindo acesso público mais amplo a esses documentos históricos. Segundo o presidente, “os acervos ganham vida pela consulta do público em geral, e a digitalização é um imperativo nesse processo de abertura”.
O superintendente executivo do Instituto Moreira Salles, Flávio Pinheiro, destacou a flexibilidade do projeto, que permite que outros acervos fotográficos sejam agregados, tanto aquele das grandes instituições, quando aqueles de instituições menores ou de colecionadores particulares. Para Flávio, “se somar os acervos de outras instituições, é possível ter um banco de imagens robusto.”
Para Joaquim Marçal, curador do acervo da Biblioteca Nacional, a inauguração do portal representa um importante para a pesquisa e representa mais um passo importante para colocar a fotografia em posição de destaque como fonte de pesquisa. Segundo ele, “o reconhecimento da fotografia como fonte primária começa nos anos 70 e ganha força nos anos 80, com iniciativas pioneiras no Brasil”. Ele também destacou a importância de trazer mais instituições: “espero que todos contribuam e que mais e mais instituições tragam seus acervos para o portal”.
Sergio Burgi, curador do projeto pelo IMS, indicou que o trabalho de curadoria reuniu tanto nomes consagrados, como os fotógrafos Marc Ferrez e Revert Henrique Klumb, quanto anônimos.
Vinicius Martins, que atuou na parte técnica do projeto pela Biblioteca Nacional, apresentou as principais ferramentas da Brasiliana Fotográfica, como a busca e os recursos de especiais de visualização. Impressionou a todos no auditório com os recursos de aproximação das imagens, que permite que usuários façam zoom nas imagens a partir de uma galeria virtual. As imagens digitalizadas em altíssima resolução evidenciaram o cuidado com o aspecto técnico do projeto. A ferramenta também permite que os usuários criem suas próprias contas e galerias de imagem individuais no portal.
Por fim, Roberta Zanatta, que atuou à frente do IMS na parte técnica do projeto, falou sobre a preocupação de trabalhar com padrões internacionais de metadados (Dublin core) que devem garantir compatibilidade, interoperabilidade e vida longa ao projeto.
Com a palavra final, Renato Lessa sintetizou a importância desse lançamento em uma frase: “hoje é um dia que a gente não deve esquecer”.
(Da Revista CSM da Fiocruz)
Enviado por Marcos Vasconcelos.
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