segunda-feira, 19 de julho de 2010

Borracharias viram bibliotecas em Sabará


Fundar uma Borrachalioteca, ou seja, uma biblioteca dentro de uma borracharia. Essa ideia começou a andar pela cabeça do então estudante Marco Túlio Damascena há 10 anos, quando ele, com 22 anos, passou a trabalhar com seu pai, o borrracheiro Joaquim Escolástico Damascena, numa pequena borracharia na Praça Paula de Souza Lima, no Bairro Caieira, periferia de Sabará. Fica a menos de 30 metros metros do poluído Rio das Velhas. Como era de se esperar, o “velho”, a princípio, não achou nenhuma graça naquele projeto, pois onde já se viu uma coisa daquelas, misturar livros com pneus? É claro que não daria certo. Mas Marco Túlio, que é tão cabeça dura quanto o pai, continuou insistindo. Coração mole, Joquim acabou cedendo.

Estava nascendo, a partir desse pequeno embate familiar, um dos projetos culturais mais originais de Minas, a Borrachalioteca de Sabará, que hoje, oito anos depois da sua fundação, além de ser reconhecida em todo o país, se transformou numa associação: o Instituto Cultural Aníbal Machado. O nome foi dado em homenagem ao escritor, filho da terra, autor de obras-primas como Tati, a garota. Atualmente conta com mais três unidades: a Sala Son Salvador, que funciona no Bairro Cabral; o Libertação pela leitura, dentro do presídio municipal de Sabará; e a Casa das Artes, também no Bairro Caieira. Recém-inaugurado, este novo espaço abriga, além da Cordelteca Olegário Alfredo, uma biblioteca infanto-juvenil, com cerca de 5 mil títulos, doados pelo Centro de Educação, Leitura e Escrita, da Faculdade de Letras da UFMG, e ainda os grupos Arautos da Poesia e Tambores Gerais, com mais de 40 integrantes.

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Enviado por Marcos Vasconcelos

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