terça-feira, 16 de maio de 2017

Biblioteca Nacional exibe mostra com acervo sobre os 200 anos da Revolução Pernambucana

Há exatos 200 anos, o Brasil vivia seus primeiros dias de república, muito antes de Deodoro da Fonseca ter destituído D. Pedro II e assumido o governo. Era 1817 e um grupo de intelectuais, incluindo alguns religiosos, instituíram o primeiro governo republicano no Brasil, em Pernambuco. Mas D. João VI, então Rei do Brasil, Portugal e Algarve, reprimiu com força o movimento, que durou apenas 75 dias. No mês de maio daquele ano, os líderes da “Revolução Pernambucana”, a primeira com caráter separatista, considerada o berço da democracia brasileira, foram derrotados e executados pelo crime de lesa-majestade; o governo provisório revolucionário foi dissolvido e Recife, evacuada.

É uma história pouco conhecida, mas muito estudada pelos grandes historiadores. A Biblioteca Nacional, depositária da mais completa coleção de livros, mapas, manuscritos e documentos iconográficos referentes a esta revolução, mostra ao público pela primeira vez parte desse acervo, na exposição “Pernambuco 1817, a revolução”, a partir de 10 de maio.

Segundo Helena Severo, presidente da Biblioteca Nacional, expor estas preciosidades da história do Brasil faz parte do compromisso irrevogável da instituição de democratizar o acesso à produção e difusão da memória histórica brasileira.

A historiadora Maria Eduarda Marques, diretora do Centro de Cooperação e Difusão da Biblioteca Nacional e curadora da exposição, explica que ela será dividida em dois setores básicos: o que ficará exposto nas galerias externas do terceiro andar será composto por imagens relativas aos principais personagens e à paisagem sociocultural de Pernambuco daquele momento. “São reproduções de flores de algodão, que alude aos plantadores de algodão que apoiaram o movimento, e de engenhos de açúcar, porque parte da açucarocracia também apoiou o movimento, entre outras imagens”, explica.

O segundo setor acontece dentro do gabinete de Obras Raras, porque ali estarão expostos os documentos, manuscritos e impressos originais e também as publicações de época e atuais relativas ao tema da revolução.

Em uma das imagens da Mostra, o líder revolucionário José Peregrino nega o apelo do pai para deixar o movimento.

Clique aqui para mais informações sobre a mostra.

  • Visitação: de 11 de maio a 15 de agosto
  • De segunda a sexta, das 10h às 17h
  • Sábado das 10.30h às 15h
  • Curadoria: Maria Eduarda Marques
  • Produção: Jocelino Pessoa
  • Fundação Biblioteca Nacional - Avenida Rio Branco, 297 - Centro, Rio de Janeiro, RJ

Enviado por Mauro Corrêa Filho (com textos do site da Biblioteca Nacional)

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