Designado para o comando de uma biblioteca pública em plena favela de Manguinhos, há dois anos, o geógrafo Alexandre Pimentel sabia que teria uma aventura e tanto pela frente. O programa de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), empreendido pela Secretaria de Segurança Pública, ainda não havia chegado por lá e o complexo de casebres era dominado por traficantes uma ameaça real aos funcionários e ao amplo prédio de 2 300 metros quadrados, com 27 000 livros e 62 computadores para navegação na internet. Mesmo assim, Pimentel nunca temeu roubos nem invasões. Sua estratégia foi manter as portas abertas e receber bem quem buscava as atividades culturais e o acervo oferecidos pela instituição, parte de um conjunto que hoje agrega um colégio estadual, um centro poliesportivo, uma UPA, uma clínica da família e, mais recentemente, a UPP local. Um sinal claro de que essa "ocupação de território" foi bem-sucedida é a respeitosa reverência com que os moradores do lugar tratam os funcionários e as instalações. Com equipamentos e mobiliário intactos, trata-se do mais perfeito exemplo de organização em meio ao caos. "Eu sempre acreditei no poder civilizador dos livros, e esta biblioteca é a prova disso", diz Pimentel.
Leia mais:
(da Veja Rio)
Enviado por Marcos Vasconcelos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Os comentários feitos no Blog da Rede Sirius são passíveis de aprovação. Comentários sem identificação ou de conteúdo ofensivo não serão autorizados.